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Couto, 28 de Dezembro de 1999. Aos comensais eitoforenses. Caríssimos,
Não posso deixar, porém, de me preocupar com vossas almas: se estão já perigosamente expostas aos inomináveis perigos da carne no comum de vosso viver, que dizer então durante o agendado repasto, propiciador como é do orgíaco e poluto exagero? Horresco referens! Comportai-vos, pois, com a moderação devida: Ne quid nimis — antes seja modesta vossa ceia e se escreva depois que lauda foi (tropeçando no erro da inveracidade), que sucumbir ao pecado da Gula, capital e irremisso. Minima de malis! Sede especialmente contidos na vínica consumição. Esta, fora da Sagrada Eucaristia (onde é vero veículo de Salvação), assume-se como ignaro instrumento de Perdição, toldando o juízo do incauto e levando-o a cometer iniquícias que ofendem ao Senhor: são então os impropérios aviltantes, o desregramento, o abdicar do dom de si mesmo e entregar-se a desvarios forniciosos (não raras vezes contra-natura), e toda a sorte de ignomínias que minha mão se recusa a escrever e minh’alma a admitir que existem! Rectifico: In vino perditio!
© 1998 Eito Fora (Andarilho,
símbolo do jornal) Todo o Verdadeiro Cristão é exortado a divulgar estes textos, no respeito pela Doutrina da Santa
Madre Igreja e pelas tradições multisseculares da Igreja Católica Portuguesa. Roga-se — no entanto — o
obséquio de dar o devido crédito ao autor dos mesmos, Monsenhor Agapito Laranjeira. Este site
é uma paródia. Monsenhor Agapito Laranjeira é uma personagem de ficção criada por Fernando
Gouveia (http://secretarea.8m.com/)
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