![]()
Muito tem sido dito sobre os benefícios de um Estado laico, da separação entre o Estado e a Santa Igreja. Mas, se é indiscutível que o homem laico «é um monstro cujo desenvolvimento estagnou num estádio inferior»2, quão superior à animalesca anarquia poderá ser uma tal (perdoem-nos o uso lato da palavra...) “civilização” laica? Esses supostos benefícios mais não são do que uma mistificação de forças jacobinas que orquestram na sombra, obnubilando a memória histórica da Pátria3. Pois não só a união entre os poderes temporal e espiritual não é prejudicial, como — deveras — é desejável; adicionalmente, essa relação simbiótica é mesmo natural, por três ordens de razão que passamos a expor. Em primeiro lugar, e conforme nos lembra o Apóstolo S. Paulo (Romanos 13:1), «Não há autoridade que não venha de Deus. As autoridades que existem foram estabelecidas por Deus.» Será lícito, então, o governo dos Homens não prestar contas a quem está hierarquicamente acima dele, aos representantes d’Aquele de cuja autoridade é fiel depositário?! A resposta é clara e devemos gritá-la bem alto: NÃO! Por outro lado, se o Homem é corpo físico, é antes de mais espírito insuflado no barro virgem do Éden primevo. É a alma que faz de um ser biológico um homem — homem sem alma é bicho. Pela mesma ordem de ideias, governo sem consciência moral não é governo: é uma aberração que ofende ao Criador. Finalmente, abundam os exemplos que ilustram a conveniência de uma relação profunda entre o Estado e a Santa Igreja. Sendo o nosso espaço limitado, ficar-nos-emos por um único, retirado de uma (aparentemente) singela publicação4, que felizmente vai chegando aos lares portugueses. Data venia, passamos a reproduzir, com ligeiras elipses, este verdadeiro material nobelizável. Qui habet aures audiendi, audiat!
Ergo gluc. Monsenhor Agapito Laranjeira 1 Este sim, é veramente o bâgue do Milénio!
[voltar ao texto]
2 Cf. «O tempora! o mores!» em
Eito Fora n.º 7, de Abril/Maio de 1999. [voltar ao texto]
3 Oportunamente voltarei a este assunto. [voltar
ao texto]
4 Oração e Vida, Apostolado da
Oração, Fevereiro de 1999. [voltar ao texto]
5 Muito se enganam os tipógrafos do
Eito Fora! (Se é que não se trata
antes de má vontade ou tendências luciferinas...) Na edição em papel desta epístola,
em vez de “Salazar” saiu “Salaczar”, trocadilho de mau gosto e deveras faltoso à verdade: O Il.mo Sr. Prof. Doutor António de Oliveira Salazar não só respeitava a autoridade papal
— única representante de Cristo na Terra —, como levava uma vida de pureza monacal; quanto aos Czares, viviam numa
opulência minadora dos rectos valores cristãos, com a agravante de seguirem a heresia dita ortodoxa.
[voltar ao texto]
© 1998 Eito Fora (Andarilho,
símbolo do jornal) Todo o Verdadeiro Cristão é exortado a divulgar estes textos, no respeito pela Doutrina da Santa
Madre Igreja e pelas tradições multisseculares da Igreja Católica Portuguesa. Roga-se — no entanto — o
obséquio de dar o devido crédito ao autor dos mesmos, Monsenhor Agapito Laranjeira. Este site
é uma paródia. Monsenhor Agapito Laranjeira é uma personagem de ficção criada por Fernando
Gouveia (http://secretarea.8m.com/)
|